quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ferrari terá cinco novidades até 2015

Sucessora da mítica Enzo está nos planos da marca


O CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne, anunciou que a Ferrari pretende lançar quatro novos modelos nos próximos três anos.
O executivo disse que o planejamento para o lançamento de produtos da Ferrari até 2015 será baseado na diversificação de produtos, com o intuito de atingir uma base maior de clientes em potencial.
Entre as novidades previstas para os próximos cinco anos, Marchionne antecipou que a substituta da 612 Scaglietti e a versão sem capota da 458 Italia chegam em 2011. A sucessora da 599 GTB será lançada em 2012, mesmo ano em que a Ferrari reserva sua maior surpresa: um novo superesportivo para substituir a Enzo. Em 2013, será a vez da California passar por uma reestilização.
Marchionne afirmou que, com os lançamentos, a Ferrari almeja um aumento em seus lucros e uma desejada estabilidade no volume de vendas.
A Fiat revelou as projeções de lucro somando os resultados de Ferrari e da Maserati – outra marca controlada pela empresa de Turim. A estimativa é que as marcas atinjam a cifra de 3,5 bilhões de euros em 2014.

(Por Vitor Matsubara)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O superteste!

Doze montadoras indicaram seus carros mais econômicos para o desafio: ver quem gasta menos dinheiro para percorrer 145 km



No início dos trabalhos na pista de testes da trW, o clima era de grande expectativa. cada carro participante era analisado pela equipe técnica para saber como seu combustível seria retirado e como obteríamos a confirmação visual de que o tanque estava mesmo vazio
A previsão garantia tempo nublado, mas o sol já estava bem quente às 7 horas da manhã, quando começamos nossas atividades no campo de provas da TRW, na cidade de Limeira (SP). O dia seria cansativo, mas o trabalho, gratificante: ao final da jornada, teríamos descoberto qual é "O carro mais econômico do Brasil".

Esta reportagem começou a ser planejada há meses, quando decidimos comemorar os 15 anos da MOTOR SHOW prestando um serviço ao nosso leitor. Depois de algum debate, escolhemos o tema da economia de combustível. Convidamos, então, todas as marcas do País a indicarem seu veículo mais econômico para a disputa.


Aceitaram o desafio: Citroën, Fiat, Ford, Honda, Kia, Mercedes, Nissan, Peugeot, Renault, smart, Toyota e Volkswagen; a Chevrolet recusou o convite, assim como Suzuki, Audi, BMW, Volvo, Chrysler e Mitsubishi, entre outras. Só poderiam participar carros com motores ciclo otto, o que tirou da prova Mahindra e Troller.

Os carros foram abastecidos com uma quantidade de combustível suficiente para rodar mais de 145 km

Os pneus foram calibrados de acordo com o recomendado no manual do proprietário

A tarefa para as montadoras não era simples. Além de ter que dizer qual é o carro mais econômico de seu portfólio, no caso dos modelos flex, as marcas precisariam escolher com qual combustível ele seria abastecido, revelando a prioridade da engenharia na hora do acerto de seu sistema bicombustível.
O ganhador não seria o carro que tivesse a maior média em km/l, mas o que gastasse menos dinheiro no teste. O valor usado para a conta seria a média nacional de preço publicada, semanalmente, pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). No dia do teste, o valor era de R$ 1,592 para o etanol (álcool) e 2,502 para a gasolina.




A preparação para o teste


Eram cerca de 8 horas da manhã quando iniciamos a preparação dos seis carros que seriam avaliados na primeira bateria. A oficina Frisontech, parceira de MOTOR SHOW, era a responsável técnica pelos trabalhos. Pelo regulamento, os carros deveriam ser entregues na pista pelas montadoras sem combustível, mas não foi exatamente o que aconteceu.

Todos os modelos tinham sobra no tanque. Os mecânicos completaram o esvaziamento retirando o combustível pela própria linha de alimentação, "jumpeando" o relê da bomba, que, em vez de mandar o combustível para os bicos, enchia um galão externo. A verificação do esgotamento era feita por meio da vigia do tanque, uma espécie de janela que dá acesso à peça para facilitar a manutenção. Com uma bomba elétrica, o tanque era seco, o que era confirmado visualmente com iluminação direta.

Nos carros que não possuíam a vigia, o tanque era retirado. Feito o esgotamento do combustível, os mecânicos sacudiam o veículo, para ter certeza de que nenhum combustível ficara "escondido" na linha de alimentação, e era dada a partida. Por fim, o carro ficava no sol por alguns minutos para que eventuais sobras de combustível evaporassem.

Aí, novamente, os mecânicos tentavam dar a partida. E não é que Clio, Mille e Fit funcionaram "no cheiro", literalmente?! Depois de alguns segundos queimando vapor, pararam de vez por pane seca. Finalmente, estavam alinhados para iniciar os testes Kia Picanto, smart fortwo, Fiat Mille Economy, Renault Clio Campus, Ford Ka e Polo Bluemotion.

Os modelos Volkswagen, Ford e Fiat receberam 16 litros de etanol, e os demais 14 litros de gasolina, inclusive o Clio (que é flex), por opção da montadora. Todos os pneus foram calibrados segundo as recomendações do manual do proprietário e, depois de abastecidos, os tanques foram lacrados - assim como os comandos do ar e os controles dos vidros, que foram abertos igualmente em todos os carros e não poderiam mais ser acessados. Tudo sob o olhar atento dos representantes das montadoras.

Motoristas como você 

Carros enfileirados no "grid", era hora de receber os 12 motoristas - escolhidos aleatoriamente. Eram quatro mulheres e oito homens, uma porcentagem que representa a mesma divisão por sexo dos motoristas habilitados no Brasil. Apesar de todos serem motoristas comuns, sem treinamento especial, dois deles funcionaram, na verdade, como "espiões" da equipe de reportagem.

Um era Vagner Aquino, repórter e colaborador de MOTOR SHOW, com pouco tempo no jornalismo automotivo. Sua função era nos dar a visão dos "pilotos" na pista. O outro era Cristiano Sagrillo, da oficina Blower Company, experiente preparador de carros e especialista em injeção. Sua função era sentir a "tocada" de cada carro e, caso notasse algo irregular, separá-lo para uma checagem mais profunda.

Antes de irem para a pista, os motoristas receberam um treinamento de segurança, dado por Luis Roberto Rigon, engenheiro responsável pelo campo de provas da TRW, e Roberto Manzini, do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, responsável pela equipe de pista do teste.

Eles controlavam as voltas de cada carro e aferiam com radares a velocidade em cada trecho. No briefing, os motoristas foram instruídos a dirigir normalmente, como fariam com seus carros. O limite de velocidade era de 40 km/h (mínima) e 80 km/h (máxima).
Depois do treinamento de segurança (acima), os motoristas partiram para uma volta de reconhecimento da pista, a bordo de uma van do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, responsável pelo controle da prova



Hodômetros zerados, era hora de aquecer os motores. Para garantir igualdade no warm up, todos os carros ficaram com os motores ligados por três minutos e, a partir daí, a equipe de pista os liberava a cada 30 segundos. Três voltas na pistas, o carro retornava, trocava de motorista e voltava para a pista. Isso até todos guiarem os modelos na mesma quantidade de voltas.

Foram 12 pit stops e um total de 36 voltas, contabilizando 145,2 km. Os carros tiveram suas portas lacradas e ficaram aguardando a retirada do combustível. O destaque da primeira bateria foi o Polo Bluemotion. "O Polo é uma delícia. Eu compraria um", comentou Dilson Soares. "Arisco, anda bem em curva e em reta e tem boa visibilidade", concorda Paulo Vieira.

Nosso motorista Vagner Aquino, conclui: "O Polo foi quase unanimidade." Muitos também se renderam ao Mille. "Muito bem acertado", falou Dilson. O Clio foi criticado em relação à dureza da suspensão e ao desempenho, resultado da comparação com os demais 1.0. Com motor 16 V, tinha retomadas mais lentas nas saídas de curvas. Normal.

gaste menos combustível
Como sempre salientamos, o consumo de um carro não é absoluto. Ele depende muito de fatores externos e, sem dúvida, os que mais influenciam na obtenção de boas marcas são: a qualidade do combustível, a forma de condução e a manutenção. Para ter sempre o melhor consumo possível com seu carro, mantenha o motor regulado, com filtros limpos e o óleo recomendado dentro do prazo especificado. Muitas vezes uma economia com alguns litros de óleo de melhor qualidade acaba sendo consumida em mais visitas aos postos de abastecimento. Os pneus devem estar calibrados e sem desgaste aparente. As rodas não podem apresentar deformações e devem estar balanceadas, assim como a suspensão e a direção devem ser mantidas alinhadas. Conserve o sistema de escapamento em ordem, sem furos ou corrosões. E, obviamente, não faça modificações no projeto original. Alterações no sistema de injeção, no conjunto roda/pneu, na aerodinâmica ou no peso do carro não são recomendadas para quem quer economizar combustível. Quando estiver dirigindo, ande com os vidros preferencialmente fechados e limite o uso do ar-condicionado. Aproveite o torque do motor e utilize marchas mais altas sempre que for possível, evitando as esticadas desnecessárias. Arranque suavemente e preste atenção no percurso a sua frente para saber quando vale a pena reduzir a marcha, usar o freio-motor ou acelerar, aproveitando declives. Se seu carro tiver computador de bordo, se habitue a acompanhar as médias de consumo instantâneas e use-as para adequar sua forma de dirigir. Trafegue em velocidades moderadas, não costure no trânsito e não acelere enquanto está esperando o semáforo abrir. Evite carregar cargas desnecessárias no porta-malas e mantenha seu carro sempre limpo e polido.

A piloto Zizi Paioli, do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, controlava, atenta, a pista. Representantes das montadoras (à direita) fiscalizavam nossos trabalhos
 Os vencedores
Depois do almoço, nossos trabalhos recomeçaram. Na segunda bateria, participaram Mercedes B180, Toyota Corolla, Honda Fit, Citroën Picasso, Peugeot 207 e Nissan Tiida. Desses, Mercedes, Peugeot e Citroën foram abastecidos com gasolina. Os procedimentos de preparação foram idênticos aos da primeira etapa e os motoristas voltaram à pista no mesmo sistema de revezamento.

Finalizados os trabalhos na pista, era hora de conhecer o vencedor. Os carros foram empurrados até a oficina para que o combustível restante fosse retirado. No entanto, alguns modelos precisaram voltar a rodar: o Picanto apresentou falha no sistema de injeção na primeira bateria, com acendimento da luz espia; o Ka teve problemas no momento em que o combustível foi esgotado em razão de uma informação incorreta passada por um técnico da marca presente no evento; e o Clio voltou à pista a pedido da Renault, já que, segundo o representante da montadora, o modelo enviado não havia feito uma climatação prévia para a utilização da gasolina, e isso poderia ter comprometido seu consumo.

 
Acima, três modelos vencedores em suas categorias: Corolla, Picasso e Tiida. Abaixo, o Ka, na terceira bateria de testes, já quase no escuro
*"Por discordar da metodologia utilizada e, por consequência, do resultado atribuído ao Kia Picanto", a Kia Motors do Brasil não autorizou a publicação dos números obtidos por seu modelo


Por questões de segurança, uma vez que já anoitecia, os três carros da terceira bateria rodaram um percurso menor, com 68 km (média dos três hodômetros). A média em km/l foi obtida com a mesma metodologia, mas o valor gasto por esses modelos para rodar os 145,2 km foi obtido através de uma fórmula de projeção. Como era esperado, as melhores médias de consumo vieram dos carros abastecidos com gasolina.

O primeiro foi o smart fortwo, com 17,29 km/l, e, na sequência, o 207, com 14,61 km/l. Entre os modelos que usavam etanol, o melhor foi o Mille, com 12,76 km/l, seguido de Polo Bluemotion (12,39 km/l) e Ka (10,97 km/l). Mas como a vitória se daria no preço, depois das contas a situação mudou. O Mille foi campeão por uma pequena vantagem sobre o Polo: R$ 18,12 contra R$ 18,66.

O Mille foi o mais econômico na classificação geral e também entre os hatches até 1.0. Entre os hatches até 1.6, a vitória foi do Polo Bluemotion. O Tiida saiu vencedor na categoria por ser o único hatch até 2.0 a participar do teste, assim como o Corolla, já que não havia outro sedã até 2.0. Nas minivans, deu Picasso, seguido do B180.

uma marca a ser destacada
com motor 1.6 de 104 cavalos, o VW Polo Bluemotion foi o grande destaque do teste "O Carro mais econômico do Brasil". sem abrir mão do conforto, chegou à pista bem equipado, com ar-condicionado, direção hidráulica e computador de bordo - e pareceu não se importar com todos os "quilinhos a mais" que carregava. deu de ombros aos rivais mais enxutos e, apesar de seus 1.079 kg, fez bonito. com média de 12,39 km/l de etanol, gastou apenas r$ 18,66 para rodar 145,2 km.
Ficou na frente de carros 1.0 mais leves, como o Ka (905 kg), e ameaçou o grande favoritos ao título, o Mille economy, que venceu com uma vantagem de apenas r$ 0,54 - praticamente um empate técnico. Venceu na categoria "Hatch até 1.6", na categoria "destaque do teste" e deu show. outro que merece menção é o corolla. avaliado com etanol e câmbio automático, o modelo 1.8 fez média melhor que a de Fit 1.4 e, na classificação geral, ficou com uma incrível quinta posição. isso sem nenhuma pretensão de ser um carro econômico e sem recursos aerodinâmicos específicos para essa finalidade.



Em razão das paradas para as trocas de motorista e das limitações de segurança impostas pela equipe de pista, como as velocidades máxima e mínima, o percurso do teste pode ser considerado uma representação de um trajeto misto, com porcentagem levemente maior para a cidade.
Por isso, as médias em km/l foram menores que as obtidas em laboratório - e que dificilmente são repetidas pelos consumidores nas ruas. O Mille com álcool, por exemplo, tem média declarada de consumo entre 11 km/l (urbano) e 15,6 km/l (rodoviário), mas não chegou a atingir 13 km/l no teste prático. Quando o trabalho terminou era noite em Limeira. Mas nosso objetivo foi alcançado.
Conseguimos eleger "O carro mais econômico do Brasil" e revelar médias de consumo muito próximas àquelas que um motorista comum consegue obter em seu dia a dia, quando as condições externas não são controladas. Não são as melhores marcas que esses carros podem obter, mas são as mais próximas da "vida real". Afinal de contas, consumo é uma medida relativa que depende não apenas do carro, mas também de quem está dirigindo.

mille leva ainda o prêmio ecomotor
Foram dois os critérios para a escolha do modelo que ganharia o título "ecoMotor 2009". o primeiro era que o candidato utilizasse um combustível renovável, no caso, o etanol. o segundo, que tivesse a menor média de consumo em km/l com esse combustível. deu Mille! se fosse flex, o smart seria um forte candidato ao título, mas, queimando gasolina, ele emitiu nada menos que 18,2 kg de co2 durante a realização do teste. e, antes que alguém diga que o etanol polui mais que a gasolina (provavelmente influenciado pela nota Verde divulgada pelo Ministério do Meio ambiente), podemos garantir que o Mille, neste ranking, também passou com louvor. teve nota 8,8 com gasolina e 9,0 com etanol. ou seja, é menos poluente por qualquer índice adotado. Mas, analisando os resultados de nosso teste "o carro mais econômico do Brasil", algumas conclusões ficam evidentes. a primeira é em relação às vantagens do etanol. além de garantir mais potência ao motor, o combustível é benéfíco também para o seu bolso. Mesmo estando em uma fase de alta nos preços - resultado da entressafra da cana e do aumento da demanda por açúcar no mercado internacional -, os carros que utilizaram etanol no teste percorreram o trajeto com menor custo. a segunda constatação foi a de que a indústria tem condições, sim, de diminuir o impacto dos carros no meio ambiente. Basta um pouco de boa vontade. com bielas mais leves, pistões menores, molas com menos cargas nas válvulas, comando de injeção com mais recursos, catalisador com menor restrição, adoção de um óleo mais fino, menor rotação de marcha lenta, marchas mais alongadas, mudanças na geometria de suspensão e um pneu de baixo atrito fizeram nascer o Mille economy. o mesmo vale para o Polo, que, mesmo com um motor 1.6 convencional, se beneficia de mudanças visuais favoráveis à aerodinâmica, de um câmbio alongado, de pneus de baixo atrito e de um volante com assistência eletrohidráulica, no lugar de um sistema hidráulico mais pesado.



dez de 2009
(TEXTO Ana Flávia Furlan FOTOS Roberto Assunção e Ibrahim Cruz)

sábado, 24 de abril de 2010

Com a mão na graxa!


Um dos mais importantes nomes do automobilismo brasileiro, o piloto Chico Lameirão, aos 66 anos, ainda acerta carros e constrói protótipos artesanalmente


Chico Lameirão "Ainda bem que eu vivi os  anos dourados do automobilismo brasileiro"


O piloto Chico Lameirão foi um dos principais personagens do automobilismo brasileiro nas décadas de 60 e 70. Seus grandes feitos foram as conquistas dos campeonatos brasileiros de Fórmula Ford em 1971 e de Fórmula Super V em 1975, além da quebra do recorde da pista de Interlagos pilotando um DKW Malzoni de motor um litro. A marca superada por Lameirão pertencia ao renomado piloto argentino Juan Manuel Fangio, que seis anos antes a conquistou a bordo de um potente Maserati com motor 2.5.

Conta-se que naquela época os pilotos realmente colocavam a mão na massa, desenvolvendo e acertando seus carros por conta própria. Alguns arriscam dizer que essa característica não era apenas por necessidade, mas também por gosto de mexer no carro. Como é o caso do personagem desta matéria. Hoje com 66 anos, Lameirão ainda não conseguiu tirar as mãos da graxa. Ele passa a maior parte de seu tempo em uma oficina trabalhando com carros de competição. Por pura paixão! Além de preparar os carros para as pistas, o veterano também se arrisca a projetar alguns veículos. Vale lembrar que tudo sem nenhum tipo de auxílio tecnológico. Atualmente os principais projetos em andamento na oficina são dois protótipos. Um que foi inspirado no Porsche Spyder, e que deve disputar a categoria Classic Cup, e outro que está sendo construído para bater o recorde de velocidade em linha reta.



Antes de descobrir a paixão pelo automobilismo, Lameirão praticava esqui aquático no Clube de Campo de São Paulo, que ficava perto do circuito de Interlagos. Não demorou muito para que o som dos carros acelerando no autódromo o atraísse para dentro da pista. A convite de um amigo, em 1962, o piloto fez sua estreia pilotando seu próprio carro de rua em uma corrida para estreantes. "Corri com meu Fusca 1.200 de pneus recauchutados e escapamento aberto, e logo de cara fiquei em terceiro", relembra.



Depois disso, o piloto nunca mais se afastou da velocidade. Apenas um ano após essa corrida, foi convidado a participar de uma prova de longa duração, dividindo o volante do carro com o já renomado Luiz Pereira Bueno, na equipe Willys. "Tenho o Luizinho como um mentor. Ele era muito talentoso, para mim tinha o nível dos grandes vencedores da F-1", conta o piloto, que teve como companheiros feras como José Carlos Pace, Bird Clemente, Carol Figueiredo e o então garoto Emerson Fittipaldi, que exercia a função de piloto reserva.

Depois da equipe Willys, o paulistano migrou para a Vemag e, na sequência, para a Joy Gancia, na qual continuou dominando as corridas no final da década de 60. Em 1969, obteve um excelente quinto lugar no torneio internacional de Fórmula Ford, realizado em Interlagos. Os resultados o empolgaram tanto que decidiu vender tudo que tinha no Brasil para correr de Fórmula Ford na Europa. Mas a falta de patrocínio e a dificuldade de viver sozinho na Inglaterra fizeram com que voltasse ao Brasil. "Eu não tinha ninguém. Eu levava o carro para a pista, o alinhava no grid, corria e o levava embora", relembra Lameirão. De volta ao Brasil, o piloto correu na equipe Hollywood. Logo depois, em 1972, resolveu montar sua própria escuderia, a Motoradio, e pôde testar soluções para deixar o carro mais rápido. O uso de calotas para melhorar a aerodinâmica foi uma de suas descobertas.


Frequentemente o piloto volta a Interlagos para matar a saudade da pista onde sua carreira começou. Mas o veterano não esconde a saudade que sente do traçado antigo (para conhecê-lo melhor, assista a um trecho do GP Brasil de 1973 logo abaixo)"Até minha avó, se levantasse do túmulo, correria nessa pista atual", brinca. "Aquele traçado separava os homens dos meninos! Ainda bem que vivi os anos dourados do automobilismo brasileiro", completa. Lameirão, inclusive, encabeça um movimento para revitalizar a pista original sem alterar a nova e você também pode participar desse projeto acessando o blog www.interlagosantigo.blogspot.com .


(Texto Rafael A. Freire Fotos Cláudio Larangeira)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ministério Público proíbe venda do Toyota Corolla em Minas

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público de Minas Gerais determinou na quarta-feira a suspensão das vendas do veículo Toyota Corolla, após alguns modelos apresentarem problema de aceleração contínua causado pela falta de fixação do tapete ao assoalho.
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A decisão, tomada por meio do Procon Estadual e assinada pelo promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Amauri Artimos da Matta, vale a partir desta quinta-feira para todo o estado de Minas Gerais.

Segundo informações disponíveis no site do ministério, foram relatados nove casos de veículos que apresentaram problemas de aceleração contínua, o que, de acordo com o Procon, coloca em risco a vida de pessoas.

Conforme o documento, a falta de fixação do tapete está discriminada no manual de instruções do veículo, mas a informação não é repassada ao consumidor no momento da compra e não está visível no interior do veículo, não atendendo as exigências do Código de Defesa do Consumidor.

Ainda segundo o Ministério, as vendas do modelo serão liberadas "quando o fabricante adotar medidas que impeçam a troca do tapete original de fábrica e após ter efetuado a troca dos tapetes dos veículos em circulação".

No início deste mês, a Toyota anunciou um recall de 12.984 veículos na Coreia do Sul em decorrência de problemas com a fixação do tapete ao assoalho nos modelos Lexus ES350, Camry e Camry Hibridus.

Procurada pela Reuters, a Toyota não estava imediatamente disponível.

(Por Vivian Pereira)

Texto de Arnaldo Jabor

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo , ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Texto Arnaldo Jabor

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Joãozinho

Joãozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas prostitutas na calçada...

- Pai, quem são aquelas senhoras?

O pai meio embaraçado, responde:

- Não interessa filho... Olhe antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?

- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?

- São... são. São senhoras que vendem na rua.

- Ah, sim?! Mas vendem o quê?? - Pergunta admirado o garoto.

- Vendem... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer.
Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!
No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:

- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?

A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita.Porém, como não poderia agir de forma 'normal' com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas bem gostosas de morango e chocolate.

Já era tarde quando o garoto chega em casa.
O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado. O garoto olha para o pai e diz:

- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para lhe comprar um pouco de prazer!

O pai fica amarelo:

- E... e então... como é que se passou?

- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer, a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício. Tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão, e a senhora me convidou para voltar amanhã,mas para ser sincero ao senhor eu só tive prazer nas três primeiras , as outras só comi para mostrar que sou homem mesmo, posso ir amanhã novamente pai?


O pai desmaiou.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Veja e reflita!!!!



AMIGOS ESTOU REPASSANDO UM FILME PARA ASSISTIR, E..., REFLETIR...

VAMOS MELHORAR 2010!

Uma das maiores empresas de marketing do mundo resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drástico na Inglaterra.

Depois desta mensagem, 40% da população da Inglaterra, deixaram de usar drogas e se alcoolizar, pelo menos nas datas comemorativas.

Não temos este tipo de iniciativa aqui no Brasil.

Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou não usem qualquer tipo de drogas, e que reflitam e passem para os seus contatos.