sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Feriadão com a Cheirosa,




A aventura começou no sábado a noite (31/10) quando saí de Pomerode com destino a Blumenau com a minha Yamaha RD 350 1974 (Viúva Negra, minha "Cheirosa"). Após esticar a marcha, apertei a embreagem pra passar a próxima e eis que surge um problemão: nhénhénhénhé!!! O acelerador trancou! Que susto! Com a embreagem puxada, desliguei na chave e deixei correr até um terreno baldio. Puxei o cabo de uma das velas, liguei e o esporro se repetiu. Assim descobri que era o carburador do outro cilindro que estava com problema (Motor de 2 cilindros com 1 carburador pra cada). Como estava escuro, empurrei a "Cheirosa" até o pátio dos bombeiros, que ficava ao lado. Com um pouco de iluminação seria mais fácil desmontar o carburador trancado.

Como pretendia passear no litoral no dia seguinte, havia levado um kit de chaves junto na mochila. Desmontar e detectar o problema foi fácil. Um pino que serve de trilho pro cilindro de abertura do ar havia soltado. Sem o trilho, o cilindro girou e trancou, fazendo com que o cabo do acelerador também trancasse. Foi um sufoco pra montar tudo novamente. Esqueci de levar um item essencial de primeiros socorros: um pedaço de arame. Peguei um pedaço com os bombeiros e aí sim consegui encaixar a mola do carburador. Depois de tudo montado, virei o pedal e pegou de primeira. Saí de lá e cheguei em Blumenau sem outros imprevistos.

No dia seguinte, logo após sair do posto de gasolina em Blumenau com destino a Navegantes-SC, dei novamente uma esticada e o maldito carburador trancou novamente. Mas como já sabia a causa, consegui arrumar rapidamente sem precisar desmontar todo o carburador. Descobri que o problema ocorria ao puxar o acelerador por completo. Pensei em desistir do passeio, mas resolvi arriscar já que estava com tudo preparado. Com um clima perfeito, curtindo o asfalto e jogando uma fumacinha de óleo 2 tempos no ar, cheguei sem imprevistos na praia de Gravatá, em Navegantes-SC.

Voltei pra Pomerode na segunda-feira (02/10). O passeio estava perfeito até que de repente perdeu força e começou a fazer um barulho estranho. Levei no embalo até debaixo de algumas árvores e logo identifiquei o problema. Uma das velas havia soltado sozinha e ficou pendurada apenas pelo cabo. As motos com motor 2 tempos vibram bastante, então é difícil os parafusos ficarem no lugar por muito tempo. Não havia levado a chave de velas e estava no meio do nada. Esperei esfriar, parafusei levemente com uma alicate e segui viagem. Andei uns 10Km e soltou novamente. Ainda no meio do nada, tive que fazer o mesmo procedimento. Segui viagem ainda mais devagar, parando em 2 postos de gasolina procurando por uma chave de vela, sem sucesso. Mesmo assim, terminei o passeio chegando em Pomerode são e salvo.

Esta foi a primeira aventura com a "Cheirosa" em um pouco mais de estrada. Mesmo tendo saído da revisão há 2 semanas, me deixou 4 vezes na mão. Mas não tem problema, pois a emoção proporcionada não tem preço!!!

PS: O apelido "Cheirosa" vem do cheiro da queima do óleo 2 tempos. O rastro de fumaça que ela deixa depois de uma arrancada é sensacional!

Jaques

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